quinta-feira, 24 de outubro de 2013

FECLI está em estado de greve

600 universitários estão matriculados na unidade acadêmica. (Foto: Alex Santana/Iguatu.Net) Após ser deflagrada greve geral pelos estudantes em assembleia realizada nesta última terça-feira (22) na capital cearense (Fortaleza), os acadêmicos da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu (FECLI), se reuniram na noite desta quinta-feira (23), decidindo aderir à paralisação que acontece em unidades da capital e do interior. Dentre as reivindicações, estão em pauta principalmente a realização de concurso público para a contratação de novos professores, como forma de suprir a deficiência existente no quadro de docentes da unidade.Ricardo Rodrigues, diretor da FECLI de Iguatu. (Foto: Alex Santana/Iguatu.Net) “A luta para a ampliação do quadro de professores para a Universidade Estadual do Ceará (UECE) existe há muito tempo. Com a deficiência no quadro de professores, os universitários são prejudicados, impedindo assim a conclusão do curso no tempo normal, além de encontrar-se em situação crítica no quadro de funcionários”, explicou Ricardo Rodrigues, diretor da FECLI de Iguatu. Uma assembleia geral será realizada nesta quinta-feira (24), às 19h, na sede da unidade, com presença de todo o corpo acadêmico, para decidir qual o posicionamento a ser tomado em relação à interrupção das aulas. A universidade conta com aproximadamente 600 alunos matriculados. Veja as necessidades da FECLI que o Governo do Ceará não atende: - Necessidade de ampliação do quadro de professores No momento a FECLI conta com 41 professores. Destes, 23 são efetivos, sendo que 05 estão afastados para pós-graduação. Teoricamente, deveriam existir 05 professores substitutos na FECLI. Contudo, temos 18 professores substitutos no momento. Na prática, 13 professores substitutos não estão substituindo ninguém, mas sim a carência de professores efetivos. Como os substitutos podem a qualquer momento deixar a universidade, já que seu vínculo é frágil e melhores oportunidades normalmente surgem, constantemente temos problemas de carência de professores. Fora isso, existe a aposentadoria de professores mais antigos, o que agrava a situação. A Reitoria da UECE está plenamente de acordo com nossas indicações, mas a autorização para realização do concurso depende do governador. - Necessidade de ampliação do quadro de funcionários da FECLI Atualmente a FECLI conta com apenas 03 funcionários efetivos (dos quais 01 se aposentará em 2014) e 05 funcionários terceirizados (destes, apenas 02 auxiliares de serviços gerais para todo o prédio). Esse quadro é comum a toda a UECE, mas aqui em Iguatu, especificamente, é uma situação crítica. Novamente, para resolver isso, depende-se do governador. - Necessidade de melhoria de infra-estrutura da FECLI A FECLI completará, agora em dezembro de 2013, 30 anos de integração à UECE. Ao longo de todo esse período, a comunidade acadêmica cresceu, novos cursos foram criados, e as instalações não foram adequadamente melhoradas para atender a tal configuração. Com isso, o espaço físico da FECLI apresenta hoje uma série de restrições para o desenvolvimento de atividades acadêmicas: falta de laboratórios, limitação do tamanho da biblioteca, banheiros inadequados para o número de usuários, instalação elétrica antiga, falta de áreas de convivência, falta de área para estacionamento, limitação de acesso para portadores de deficiência… dentre tantos outros. Existe a previsão de uma reforma para o prédio atual da FECLI, inclusive com verba destinada para isso, mas é de nosso conhecimento que isso não está entre as obras prioritárias para o governo do estado. Fora isso, existe toda a problemática em torno do Campus multi-institucional (Cidade Universitária). Hoje, as obras estão paralisadas em Iguatu e a situação permanece indefinida. - Necessidade de melhorias na área da segurança [de acordo com o que conversamos, seria prudente não chamar muito a atenção para esse aspecto No momento, não há na FECLI nenhum funcionário para a área de portaria/segurança. Além da falta de funcionários para essa área, o acesso ao prédio é extremamente fácil, dada a altura dos muros e a falta de dispositivos de segurança. Além dos riscos às pessoas, os bens materiais também estão constantemente sobre risco de roubo. - Necessidade de ampliação de recursos para custeio O governo do estado reduziu o custeio de todas as repartições estaduais neste ano. Para a UECE – e consequentemente para a FECLI – isso trouxe uma série de restrições: limitação da cota de combustível para os veículos da Faculdade, dificuldades para liberação de passagens e/ou diárias para professores, alunos e funcionários, para serviços de manutenção de rotina, etc. - Necessidade de criação de novos cursos Foi realizado no semestre passado um Fórum de Ensino Superior em Iguatu. A CREDE 16 e a Prefeitura (por meio das Secretarias) apontaram suas demandas. Diante do quadro atual, no entanto, a expansão da FECLI parece um cenário distante.

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