terça-feira, 1 de setembro de 2009

Salário mínimo previsto é de R$ 507

Brasília/Fortaleza. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse ontem que o governo deve propor um salário mínimo de R$ 506,50 a partir de janeiro do próximo ano, com pagamento no início de fevereiro. O anúncio foi feito em Brasília, antes da cerimônia na qual foram anunciadas as regras de exploração do petróleo da camada pré-sal. Bernardo lembrou que a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2010, já aprovada pelo Congresso Nacional, prevê justamente este valor de R$ 506,50. Entretanto, segundo informou o ministro, este valor deve ser "arredondado" para R$ 507, no Congresso Nacional, até mesmo como forma de facilitar os saques dos recursos.

Salário real

"É fundamental que o salário mínimo cresça, para que a gente tenha um poder de compra maior da população, com maior demanda interna e, consequentemente, maior produção da economia", avalia o coordenador da Unidade de Economia e Estatística do Instituto de Desenvolvimento Industrial do Ceará (Indi), Pedro Jorge Ramos. Segundo ele, apesar do aumento de pouco mais de 9%, o salário mínimo ainda não chegará ao valor máximo já alcançado no passado. "O salário mínimo real que o Brasil paga ainda não é o mesmo que já pagou na época de Juscelino Kubitschek", lembra Ramos.

O presidente do Sindilojas, Cid Alves, acrescenta que a remuneração ainda não chegou ao patamar ideal. "Como o salário mínimo é a base do consumo brasileiro, eu diria que esse é um valor ainda baixo para certas atividades, como é o caso dos trabalhadores do comércio", afirma. "Já para outros setores, como o de empregadas domésticas, eu acho que o valor fica alto, por conta do custo que o empregador tem com o pagamento de benefícios".

Cid Alves acrescenta que a notícia deve ser comemorada, já que traz novo ânimo à economia do País. "Eu vejo com bons olhos esse aumento, e espero que ele volte a servir de âncora para o benefício da aposentadoria", acrescenta. Já para o coordenador da Unidade de Economia e Estatística do INDI, é importante pensar também nos impactos que a nova remuneração poderá trazer. "Para o setor público eu imagino que esse valor trará problemas, já que ninguém pode pagar menos que um salário mínimo", alerta ele.

Impacto

Atualmente, o salário mínimo é de R$ 465. O último reajuste aconteceu em fevereiro deste ano. Segundo informações do Ministério da Previdência, esse reajuste deverá ter um impacto de mais de R$ 7 bilhões nas despesas com o pagamento de benefícios previdenciários no ano que vem.fonte:diario do nordeste

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