sábado, 5 de fevereiro de 2011

Bebê de 2 meses morre queimado no berço


Um garoto de apenas quatro anos teria sido o causador da tragédia doméstica. A Polícia vai instaurar inquérito
O bebê Andrey da Cunha Rocha, de apenas dois meses de vida, morreu ontem após outro garoto, de quatro anos, atear fogo no berço onde ele dormia. Com o corpo em chamas, o recém-nascido foi retirado pelo pai de dentro da casa, situada na Rua 24 de Janeiro, no bairro Cigana, em Caucaia, e levado para o Hospital Municipal por uma patrulha do Ronda do Quarteirão, onde faleceu.

A mãe de Andrey, a operária Francisca Erivanda Cunha, 38, contou que havia deixado o filho deitado no berço. Na casa ficaram o irmão mais velho, de oito anos; e outra criança de quatro, filho de uma vizinha, que estava aos cuidados dela. Erivanda afirmou que deixou os ´meninos´ sozinhos por poucos minutos, enquanto ia à residência da mãe, a cerca de 30 metros da sua casa, tomar café. "Foi questão de segundos, mas não vou me perdoar. Se eu tivesse ficado com ele, meu filho ainda estaria vivo".

Segundo Erivanda, há apenas dois dias ela tinha combinado com a vizinha que tomaria conta do filho dela, de quatro anos. "Mau hora que fiquei cuidando desse menino só para ele tirar a vida do meu filho", lamentou a mãe do bebê.

A dona de casa Vilmar Cardoso Cunha, avó materna da vítima, disse que havia saído de manhã para ir ao Posto de Saúde e, ao voltar, foi até a casa da filha, onde encontrou as crianças dormindo. Ao chegar em casa e encontrar Erivanda e o genro, pediu que a eles voltassem para casa, pois não confiava no menino, a quem ela acusou de ser "muito danado".

Com lágrimas nos olhos, Erivanda contou à Reportagem que obedeceu à mãe e voltou para casa. O marido foi na frente e ao chegar, encontrou a criança de quatro anos do lado de fora. "Ele disse para o meu marido que tinha tocado fogo. Meu marido pensou que tinha sido em algum papel, mas era no berço".

Quando entrou no quarto e viu o berço em chamas, o pai do bebê o retirou do local e o entregou a Erivanda. "Saí correndo com ele nos braços no meio da rua gritando". Andrey morreu ao chegar ao hospital.

Horas depois da tragédia, o cheiro de fumaça ainda exalava do berço onde Andrey teve quase todo o corpo tomado pelo fogo. Um painel preso à parede com o nome dele, agora dividido ao meio pelas chamas, era mais uma lembrança trágica para os pais.

Lamentou

Andrey era o terceiro filho do casal, que tinha também uma adolescente de 15 anos e um garoto de oito. Segundo a avó do bebê, a terceira gravidez de Erivanda foi difícil, mas o filho nasceu saudável e era o "xodó" de toda a família. "Não sei o que vai ser da minha filha"

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