quarta-feira, 27 de abril de 2011

Morre a mulher mais velha do Ceará

Faleceu na segunda-feira, 25, no sítio Contendas, município de Farias Brito, a mulher mais velha do Ceará, Josefa Alves de Moura, a Zefinha, com 108 anos, que no próximo dia 09 completaria 109 anos. Natural de Crato, na sua juventude residiu nas proximidades do Caldeirão da Santa Cruz do Deserto, local onde o beato José Lourenço montou uma comunidade agrícola/religiosa e conforme Zefinha o grupo vivia em passividade com os vizinhos. “O problema era a insatisfação dos coronéis.” lembrava a anciã.

Sua filha, a professora Maria Alcina, destaca que a mãe sempre foi uma defensora espontânea do beato Zé Lourenço que era o seu padrinho de São João, uma tradição dos folguedos nordestinos. Josefa Alves conheceu todos os bispos da Diocese de Crato. Quando dom Fernando Panico tomou posse, a senhora sempre afirmava que seu desejo era conhecê-lo pessoalmente. Sabendo disso dom Fernando foi pessoalmente a sua casa de taipa em Farias Brito, depois ainda voltaram a se encontrar na romaria do Caldeirão.

Hereditariedade
Longevidade parece ser tradição na família, Sua irmã Maria Alves de Moura, faleceu em 2008 em Crato, com 104 anos e a sobrinha mais velha já está com 90 anos. Residindo nas Contendas, Farias Brito e sem muitas opções de transporte, chegou a percorrer a pé com a família 80 km entre idas e vindas para ir às compras na cidade vizinha. Seu trabalho sempre foi na agricultura, acordando cedo e com uma alimentação reforçada por feijão e cuscuz do puro milho.

Conforme a sua filha Zulene Alves, Zefinha só não pegava a enxada e ia para roça, porque os filhos não permitiam. Deixa como filhos Maria Alcina, Zulene, Maria de Lurdes, José, Nêumar e Viana Moura e um grande número de netos, bisnetos e tataranetos. O sepultamento de Josefa Alves de Moura aconteceu às 10h, no cemitério do Monte Pio, Farias Brito, após missa de corpo presente.

O Estado CE

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