quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Ex-capitão Daniel é condenado a 46 anos de prisão pelas mortes dos irmãos estudantes de Medicina


O ex-capitão da Polícia Militar Daniel Bezerra acaba de ser condenado a 46 anos de prisão, em regime inicialmente fechado. Após 15 horas de cansativo julgamento, a sentença foi anunciada pela juíza Danielle Pontes de Arruda Pinheiro às 2h42min desta quinta-feira, 8.

Quatro anos, oito meses e 22 dias após o crime, o réu foi condenado por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil. Daniel responderá a 23 anos de prisão pela morte de cada um dos irmãos, somando um total de 46 anos de detenção.

Pais, familiares e amigos das vítimas aplaudem o anúncio da juíza e se abraçam em choro coletivo. Defesa diz que vai recorrer da decisão.
Veja abaixo como se deu o julgamento.

08h50 – Imprensa em peso acompanha início do julgamento do ex-capitão da PM Daniel Bezerra, acusado de matar dois irmãos em Iguatu, em março de 2007.
09h13 – Familiares de irmãos assassinados chegam ao Fórum. Eles recebem apoio de amigos.
09h30min – O julgamento está marcado para as 10 horas. Começa a ser liberada a entrada da família para a sala do julgamento.
09h48min - Começa o júri. Policiais do Batalhão de Choque acompanham o início do julgamento.
09h50min - Família dos rapazes mortos acompanha o júri na primeira fileira.
10h30min- O frentista Janiclerton Alves de Melo é o primeiro a ser ouvido.Segundo a primeira testemunha, ex-PM espanca Marcelo, sem chance de reação, e churrasqueiro do local “aparta”.
10h33min- Leonardo, ao ver seu irmão sendo espancado, começa a brigar com o ex-PM. Este afirma não querer briga.
10h34min- Após isso, ex-PM dispara contra Marcelo. Leonardo tenta proteger o irmão e também é atingido
10h37min- O advogado do ex-policial, Delano Cruz, começa a interrogar Janiclerton. Ele pergunta se alguém o procurou pedindo que ele alterasse o depoimento. Janiclerton nega.
10h42min- depoimento – Ex-PM entra no seu carro e diz: acabei com a minha vida!
10h50min - Advogado Paulo Quezado questiona a atitude da defesa ao ler os depoimentos antigos da testemunha. A juíza permite que Delano Cruz continue a leitura.
11h10min - Cerca de 15 popliciais do Batalhão de Choque estão na sala do julgamento.

11h08min – Primeira testemunha é liberada.
11h04min – Jurado pergunta qual a reação do capitão ao chegar ao carro, testemunha afirma que ele estava muito nervoso.
11h05min- Ex-churrasqueiro do local do crime é a segunda testemunha e começa a depor.
11h22min – Cláudio afirma que não vi o acusado no início da briga. “Corri para apartar. Fiquei no meio”.
11h20min – Acusado está presente na sala. A testemunha disse não se sentir constangida com a presença dele.
11h17min - Juíza pede intervalo até que a testemunha se sinta melhor.
11h15min - Cláudio Alves, churrasqueiro da churrascaria, é a segunda testemunha e começa a depor. Ele não trabalha mais no local. O churrasqueiro afirma que viu a briga. Testemunha está nervosa e a juíza pede água para ela.
11h16min- Ex-churrasqueiro afirma ter certeza que a arma era do ex-PM, e que estudantes não estavam armados
11h17min- Acusado atira nos estudantes, mesmo a pedidos dele (ex-churrasqueiro) para que não atirasse
11h30min – Cláudio Alves afirma que o acusado saiu do local sozinho e com a arma, andando normalmente.
Cláudio Alves afirma que Leonardo não estava armado e não tentou tomar a arma do acusado.
A testemunha afirma que viu e ouviu apenas um tiro disparado contra Marcelo e a vítima caiu no chão após o disparo
A testemunha afirma que, quando tentou separar a briga, o acusado tentou pegar uma arma na cintura e não encontrou. “Pelo amor de Deus, não faça isso não”, disse a testemunha ao capitão.
11h34min – Promotor pede que depoente confirme trechos de depoimentos anteriores. Depoente afirma que não percebeu se acusado ou vítimas estavam embriagados.
11h32min - A promotoria inicia os questionamentos à testemunha.
11h37min - Promotor pergunta se depoente identificou outras pessoas no local. Ele afirma que conhecia os pais do garoto, mas não sabia que eram seus filhos.
11h38min - Promotor pergunta à testemunha se ela foi pressionada durante interrogatório na delegacia. Testemunha nega.
11h38min - Promotor pergunta à testemunha se ela foi pressionada durante interrogatório na delegacia. Testemunha nega.
11h43min – Delano Cruz, advogado do ex-Capitão, começa a fazer interrogatório. Advogado afirma que há contradições no depoimento da testemunha.
11h50min – Promotor intervém e diz que depoente não está ali para confirmar contradições em depoimentos.
11h56min - Segundo advogado, no primeiro depoimento, testemunha afirmou saber que a esposa do acusado estava com ele, mas não sabia o nome dela. No segundo depoimento, testemunha afirmou não saber se o acusado era casado, nem sabia que a esposa estava próxima. Ainda segundo o advogado, no terceiro, a testemunha afirma que não viu a esposa do acusado nem antes nem depois, aponta o advogado de defesa.
11h58min - Juíza não acata a intervenção do promotor.
12h01min – A testemunha, Cláudio Alves, assinou o depoimento e foi liberado. O advogado de defesa conversa com o acusado.
12h02min – A terceira testemunha aguarda o início do depoimento e pede para que o acusado saia da sala de julgamento.
12h08min - A terceira testemunha é o garçom da churrascaria, Carlito Holanda Gomes. Ele diz que ficou olhando a briga e viu quando o churrasqueiro quis itervir. O ex-garçom diz que viu quando o acusado se abaixou para pegar algo no chão e viu que era uma arma. “Ele foi em direção ao rapaz e disparou”, diz a testemunha.
12h10min – O ex-garçom da churrascaria diz que serviu oito doses de whisky ao acusado.
12h13min - Testemunha diz que viu quando Leonardo (vítima) chegou perto do Capitão e lhe deu uma gravata. Carlito diz ainda que o capitão frequentava o local.
12h17min – Testemunha pede que lhe tragam água. Promotoria começa o interrogatório.
12h18min - A testemunha afirma que várias vezes observou que o Capitão levava uma arma na perna quando ia à churrascaria. Depoente afirma que, quando viu o Capitão com a arma, saiu de perto e apenas ouviu o tiro.Segundo o garçom, após atirar, ex-PM diz: “Acabei com a minha vida e com a dos dois rapazes
12h28min- O garçom Carlile confirmou que o delegado de Iguatu o chamou de “mentiroso” no primeiro depoimento contra o ex-PM. O promotor Francisco Marques Lima continua a fazer perguntas a Carlito Holanda.
12h34min- Depoente afirma que após disparos ex-PM foi ao seu carro, pegou sua filha, e saiu à pé do local
12h35min- O garçon Carlile confirma que o delegado de Iguatu também o chamou de “descarado” durante seu primeiro depoimento.
12h36min- Advogado de defesa começa a interrogar a testemunha
12h39min- A promotoria pede que os advogados de defesa apresentem as páginas dos autos que estão sendo questionadas
12h42min- “Espero o tempo do mundo todo”, afirma a promotoria para que a defesa encontre as páginas dos autos questionadas.
12h43min- Advogado de defesa diz que promotoria “tem uma bola de cristal” ao afirmar que um trecho citado não consta nos autos.
12h46min - Mãe e irmã de Leonardo e Marcelo acabam de retornar para a sala de julgamento.
12h47min -Depoimento da terceira testemunha chega ao fim. Juiza informa que, após a próxima depoente, haverá pausa para o almoço.
12h48min- A quarta testemunha é José Rigoberto Ferreira, que trabalhava como garçom no restaurante Wilson Grill. Quarto testemunha prefere depor na ausência do acusado.
12h52min- O depoente afirma que não houve discussão, e que o acusado já chegou agredindo Marcelo. A esposa do acusado, ao tentar separar os dois, acabou sendo agredida acidentalmente e se retirou. Segundo o depoente, o acusado sacou a arma da perna, que chegou a cair, e não viu mais nada, pois se escondeu. O depoente afirma não ter visto os tiros, apenas ouvido. Ele diz não saber o motivo da confusão
13h13min – Depoente disse que, quando Leonardo chegou ao local, ainda não havia ocorrido o primeiro tiro.
13h20min – Ao ser interrogado pela promotoria, a testemunha confirma relatos dados em outros depoimentos.
13h28min- “Qual o depoimento verdadeiro, o de hoje ou o de Iguatu?”, pergunta o promotor Marques à Rigoberto
13h30min- Advogado de defesa começa questionamento à quarta testemunha
13h35min- Após ter questões não respondidas pela testemunha, o promotor, visivelmente irritado, encerra suas perguntas
13h39min-Jurado pergunta quais foram as palavras finais do acusado ao sair do local. Testemunha diz que foram “acabei com a minha vida”.
13h41min- Quarto acusado é liberado e é concedido uma pausa para o almoço. intervalo de 4o minutos.
14h44min- Julgamento retorna após pausa e quinta testemunha é chamada para depor.
14h55min – Juíza relê a descrição do caso. Mãe dos irmãos assassinados põe as mãos no rosto.
15h02min – Familiares se emocionam durante leitura do caso, feita pela juíza Danielle Pontes de Arruda Pinheiro.
15h03min – A primeira testemunha de defesa que vai participar do julgamento é Saimon Queiroz Santos.
15h04min – A testemunha pediu para não ser filmada pela imprensa.
15h05min - Cerca de 300 pessoas acompanham o julgamento no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza.
15h06min - Do lado direito da juíza Danielle Porto estão o promotor Francisco Marques e o advogado Paulo Quezado.
15h06min – Do lado esquerdo da juíza estão o advogado Delano Cruz e o réu, Daniel Bezerra. À frente estão os jurados.
15h10min – Simon Queiroz é major da Polícia Militar e foi relator do Conselho de Justificação que apurou o caso. O major Saimon Queiroz não presenciou o crime.
15h16min – Testemunha de defesa afirma que o réu nunca teve problemas na Polícia. “Não há relato de transgressão disciplinar ou crime”, defende.
15h19min – Em segundo momento, defesa afirma que ex-capitão Daniel teve “apenas um probleminha com um carro apreendido”.
15h22min – Saimon justifica que a expulsão de Daniel Gomes da PM obedeceu à ética da instituição.
15h24min – Advogado do ex-capitão diz que única mácula que pesa contra o réu é este caso. Mãe dos irmãos assassinados reage, indagando: “Só isso?”.
15h30min - O réu permanece sentado, olhando para o lado oposto ao julgamento.
15h32min – A testemunha entra em contradição ao dizer se soube que Daniel Bezerra entregou uma pistola .40 um dia depois do crime.
15h34min – Advogado de acusação questiona: “Um policial pode estar em uma churrascaria com a arma da corporação?
15h36min – A testemunha afirma que os militares “são instruídos para que não façam isto”.
15h38 min - O promotor descreve agressões de Daniel contra duas pessoas enquanto esteve em Iguatu. A testemunha reconhece os fatos.
15h39min - Uma das juradas cochila durante a sessão. A juíza Danielle Pontes a repreende, e público ri.
15h47min – Advogado de acusação lê depoimentos de pessoas de Iguatu que relataram abuso de autoridade do ex-capitão Daniel.
15h53min – Termina o depoimento do major Simon Queiroz. Outras três testemunhas de defesa serão ouvidas.
15h58min - Segunda testemunha de defesa, sub-tenente Francisco Pereira de Oliveira, se prepara para ser ouvida.
16h – Mãe dos irmãos assassinados volta a chorar.
16h02min – Segunda testemunha está há 23 anos na corporação e diz conhecer o ex-capitão Daniel há nove anos. Defende que o réu tinha cautela com a pistola e com o colete que usava.
16h05min - A testemunha diz que Daniel era muito leal e tranquilo; alguns familiares riem ironicamente.
16h14min – Acusação lê o depoimento de um guarda da prefeitura que descreve tortura sofrida pela testemunha de defesa.
16h13min – Advogado da acusação pergunta se a testemunha já foi acusada de tortura, um dos crimes pelos quais o réu responde.
16h17min - Testemunha não confirma acusação de tortura.
16h20min - Termina depoimento da segunda testemunha de defesa, sub-tenente Francisco Wellington Pereira de Oliveira.
16h23min - Terceira testemunha da defesa, tenente-coronel Geovanni Alcoforado, começa a depor.
16h26min - Testemunha diz que recebeu informações de que o acusado não deixou a arma no local de trabalho no dia anterior.
16h27min - Geovanni Alcoforado foi a testemunha que apresentou atestado médico, obrigando o adiamento do julgamento, na semana passada.
16h29min - Termina depoimento da segunda testemunha de defesa, sub-tenente Francisco Wellington Pereira de Oliveira.
16h33min - Terceira testemunha da defesa, tenente-coronel Geovanni Alcoforado, começa a depor.
16h48min - Advogado de defesa pergunta se testemunha teria planejado a fuga do ex-capitão após o crime. Testemunha nega e diz que estava dormindo quando os irmãos foram mortos.
16h50min - Testemunha diz lamentar pelo que aconteceu ao companheiro
16h53min - Testemunha afirma que teria sofrido ameaça de morte de um suposto pistoleiro.
16h56min - O pai dos irmãos assassinados, Nelson Benevides, põe a mão no rosto; enquanto sua esposa olha para o chão.
17h20min - A testemunha afirmou que o Sd. Arquênio veio até ela com a arma usada no crime, mas nada falou sobre o homicídio.
17h22min- Cel. Geovani se exalta ao falar sobre um caso de abuso em que foi indiciado em Iguatu. “A justiça de Iguatu foi omissa”.
17h23min -O Coronel Geovani encerra o depoimento. A juíza concede 5 minutos de pausa para ouvir a última testemunha de defesa.
17h28min- Julgamento chega a quase 7 horas e meia de duração. Última testemunha ainda será ouvida. Estudantes de Direito acompanham julgamento de ex-capitão da PM
17h32min- Começa o depoimento da última testemunha de defesa, o saregento da PM, Antônio Cleudo Silva Sena.
17h41min- Antônio Cleudo segue a tendência das testemunhas de defesa e afirma que comportamento de Daniel era bom
17h44min -Advogado de defesa pergunta se testemunha possui conhecimento se o crime foi motivado por questões políticas. A Testemunha afirma que desconhece a indagação do advogado de defesa
17h45min- Apesar da determinação, o sargento disse que apenas os “praças” devolvem as armas após o serviço.
17h54min- Advogado de defesa encerra seus questinamentos e promotoria dá início às suas perguntas.
17h58min- Antônio Cleudo encerra seu testemunho dizendo que Daniel não falou com ele sobre o crime.
17h59min- A juíza chama mais uma testemunha de defesa que não estava na primeira contagem, Horácio Carlos de Almeida. Horácio também é PM. Ele não estava em Iguatu no dia do crime, assim coma as demais testemunhas de defesa.
18h04min-Sgto. Cleudo disse que Horácio Almeida recebia tratamento psiquiátrico. Ele confirma: “tomo remédios controlados”.
18h08min- A testemunha confirma que o pai das vítimas, Nelson Teixeira, o procurou para investigar os motivos do crime.
18h10min- PM Horácio sugeriu ao então Capitão Daniel que saísse da cidade de Mombaça por conta das ameaças que este sofria.
18h11min- O próximo a depor é o réu Daniel Bezerra.
18h14min-Horácio diz que prefeito de Mombaça elogiou o trabalho que Daniel estava desenvolvendo no município para toda a corporação.
18h21min- Vai começar o interrogatório ao acusado. Daniel é escoltado por policiais até o júri. A juíza pede silêncio.
18h22min -O réu parece sereno enquanto ouve da juíza a denúncia.
18h24min- Pai das vítimas deixa o salão do júri
18h30min – Acusado Daniel responde serenamente às perguntas da juíza
18h33min – Daniel confirma a autoria dos disparos, sem intenção homicida e em prática de legítima defesa.
18h35min - O réu negou os desdobramentos da denúncia feita pelos promotores.
18h38min - Daniel confirma que em sua mesa foram ingeridas de 5 a 8 doses de uísque. Mas que o consumo foi feito com outro amigo.
18h40min- “Eu não conhecia, não sabia como chegaram e onde estavam”, diz Daniel sobre vítimas.
18h43min - O ex-PM disse que havia acabado de chegar de viagem do RN, onde foi conhecer o pai.
18h45min-Daniel disse que a criança foi para o carro na companhia de sua esposa enquanto ele pedia a conta.
18h48min- Daniel conta que ouviu gritos e acenos da menina no carro. Ex-PM diz que chegou até o carro e encontrou um homem debruçado sobre o carro. Temia que ele pegasse uma pistola no veículo. Daniel afirma que uma das vítimas empurrou sua mulher, que caiu. Público se manifesta.
18h52min - Daniel afirma que uma das vítimas empurrou sua mulher, que caiu. Público se manifesta. Réu afirma que o homem que estava no carro estava com o pênis à mostra. Ele disse que reclamou.
18h55min - “Rapaz, tem quatro banheiros na churrascaria e você vem urinar perto de uma criança e empurra minha esposa”, afirma. Daniel afirma que uma das vítimas portava uma arma. Ele conta que entrou em contato físico com ele para desarmá-lo.
18h56min - Ex-PM disse que foi agredido por três pessoas. Ele alega que ficou com a visão prejudicada por conta do ataque.
18h57min- “Parem de bater em mim, não quero mais briga!”, disse Daniel em depoimento. Daniel disse que apanhou a arma de uma das vítimas no chão e a apanhou. Ele ameaçou atirar.
18h59min - O réu disse que foi pego pela gola da camisa quando ele efetuou o disparo. “Senti uma ‘gravata’ e ouvi os gritos de minha esposa e enteada, estava desfalecendo quando virei e atirei”. Daniel disse que estava com medo e queria sair do local. Ele procurou a chave do carro e não encontrou.
19h - Ele confirmou que fugiu a pé, pediu que a mulher fosse até a casa de uma irmã que ele iria se apresentar à Polícia. Daniel nega que tinha uma arma escondida na perna direita. Ele diz que pegou o revólver do chão.
19h02min- O ex-PM disse que se apresentou em uma delegacia em Jaguaribe. Antes entregou a pistola ao Sd. Arquênio.
19h04min- O ex-PM dissO ex-PM disse que se apresentou na delegacia de Jaguaribe. Antes entregou a pistola ao Sd. Arquênio. Juíza pergunta se ex-capitão tinha uma arma na perna direita. Réu nega, mas diz que “policial tem direito de ter uma arma em dias de folga”.
19h05min- “O Coronel Geovanio sabia que eu possuía a arma”, contradizendo o depoimento dado pelo policial. O ex-capitão diz que se apresentou espontaneamente na delegacia de Jaguaribe.
19h06min- “Minha demissão foi baseada em uma lei revogada”, conta Daniel sobre expulsão da PM. Juíza passa a palavra ao promotor. Daniel pede o direito de ficar calado para responder às perguntas.
19h07min- Promotor exige as negativas a todas as perguntas feitas ao réu.
19h08min - Daniel alega que foi orientação de seu advogado. “Invoco meu direito constitucional de permanecer calado. Negativas de Daniel às perguntas do promotor geram risadas no público que acompanha o julgamento.
19h20min- Promotor pergunta a Daniel por uma suposta agressão contra a própria mulher em um show em Iguatu.
19h23min - Daniel se mostra irritado enquanto nega respostas às perguntas de promotor.
19h29min - Depoimento de Daniel Bezerra chega a uma hora. Ele continua se negando a responder as perguntas feitas pela acusação.
19h34min - Promotoria indica contradição entre os depoimentos do réu, o indaga, mas escuta a mesma resposta.
19h37min - Promotor Francisco Marques faz a 20ª pergunta a Daniel, que continua invocando direito de permanecer calado. Público ironiza silêncio do réu.
19h46min.- Promotoria chega à trigésima pergunta sem resposta
19h56min - “Sem mais perguntas”. Promotor faz 40 perguntas a Daniel que invoca direito de permanecer calado. Advogado de defesa começa a inquirir Daniel Bezerra, que volta a responder às perguntas. Daniel afirma que relatório da Corregedoria de Iguatu é uma “trapaça política”.
19h59min.- O acusado nega ter sacado uma arma durante um show em Iguatu e ameaçado o público presente.
20h - O réu permanece alterado durante as perguntas e agora responde, indiretamente, perguntas feitas pela acusação.
20h01min - Daniel nega ter ingerido 8 doses de uísque. Ele também disse que se propôs a fazer teste de alcoolismo após o crime.
20h06min - Julgamento completa 10 horas. Daniel Bezerra continua prestando depoimento.
20h08min - Acusado disse que foram constatados “derrames” nos dois olhos depois de ser agredido pelas vítimas. O público reage.
20h10min - Apesar do pedido de seu advogado, réu pede para falar sobre porte ilegal de arma da corporação. Por ser formado em Direito, réu apresenta linguagem jurídica em sua defesa.
20h12min - Daniel confirma que sua pistola estava carregada com 30 cartuchos.
20h14min- Ex-PM rebate acusação do promotor de que estaria usando um coldre na perna. “Não cabia uma pistola .40″. Daniel reafirma a autoria dos disparos, mas alega que foram em legítima defesa.Daniel pede para demonstrar como os disparos foram feitos. A juíza permite.
20h18min- Acusado afirma que primeiro disparo foi feito quando a primeira vítima puxou sua camisa, que não foi acidental. A segunda vítima o agarrou pelo pescoço, por trás, e então o segundo disparo foi efetuado.
20h28min- Advogado pergunta: “Os PMs Cleudo e Horácio são perturbados mentais?”. O réu diz que o PM Horácio só apresentou sintomas de problemas mentais após ter contato com a família das vítimas.
20h29min - “Fui julgado em praça pública, como no Império Romano”, afirma Daniel sobre expulsão da PM.
20h32min - O julgamento aconteceu em Mombaça. Daniel aponta a presença do Governador Cid Gomes na ocasião. Acusado afirma que foi demitido da PM com base em uma lei revogada, que não existe mais.
20h37min - “As pessoas confundem prisão especial com privilégio”, diz Daniel sobre detenção no BPChoque.
20h38min - “O que chamam de impunidade eu chamo de 4 anos e meio de prisão”, afirma Daniel.
20h40min - Réu diz, “eu sou um morto-vivo”. Ele afirma que assim que sair da prisão será assassinado.
20h42min - Daniel rechaça a imprensa, “ela confunde liberdade de expressão com vontade de ofender”. “Eu não quero minha liberdade. Se eu tiver de pagar que seja de forma justa”, afirma Daniel.
20h44min – Julgamento de ex-capitão da PM acusado de matar irmãos deve terminar após as 22 horas. “Hoje eu sou um morto-vivo, pois sei que no momento que colocar os pés fora da cadeia vão me matar” afirma acusado.
20h47min – Da parte da Polícia Militar, Daniel disse que recebeu “muita perseguição”.
20h50min - “Eu estou falando a verdade, não titubeei. Peço que seja feita a justiça. Jamais iria atirar em alguém se minha vida não estivesse em risco”, defende-se o réu.
20h51min – “Eu peço encarecidamente, me julgue pela verdade” Pede réu aos jurados.
20h52min – Daniel se emociona enquanto fala aos jurados.
20h53min – Após 2h e 27 minutos, o depoimento de Daniel Bezerra é encerrado.
20h57min – A juíza Danielle Pontes determina uma pausa de 20 minutos. Logo após é a vez da exposição final da acusação.
21h21min - Público volta aos poucos para o tribunal para que o julgamento seja retomado.
21h26min – Juíza solicita entrada do réu e pede silêncio para retomar o julgamento. Ela passa a palavra ao promotor Francisco Marques.
21h40min -A acusação promete “surpresas” durante explanação. O promotor se diz acuado com a presença da PM no Tribunal.
21h42min – Promotoria pede ao júri que saibam ver “o tanto de mentiras que foi falado”.
21h47min – Público se emociona com o retrospecto do caso feito pela promotoria.
21h50min – Promotoria afirma que policial estava alcoolizado quando matou os irmãos. O relato continua e mais pessoas se emocionam.
21h53min – Promotoria usa uma garrafa de uísque para ilustrar o que são oito doses da bebida, que teria sido ingerida pelo réu na noite do crime.
22h - Pais das vítimas choram copiosamente com o relato da promotoria.
22h13min - São exibidas imagens veiculadas pela imprensa na época do crime.
22h14min – Mãe dos jovens mortos se desespera diante da exposição da promotoria.
22h17min -Continua a exibição de matérias feitas pela imprensa durante o velório das vítimas.
22h20min – A acusação exibe um vídeo com Neimar Teixeira, tio das vítimas, que estava no momento do crime e morreu 2 meses depois.
22h26min - No vídeo, o tio das vítimas conta como o crime aconteceu e ressalta a boa conduta dos sobrinhos.
22h27min – Familiares continuam emocinados, assistindo vídeos com imagens do velório das vítimas e com depoimento de familiares.
22h28min – “Este crime é indefensável”, afirma promotor sobre alegação de legítima defesa da vítima.
22h29min – Familiares dos jovens assassinados são aparados por cuidados médicos. Pai das vítimas permanece na sala de julgamento.
22h33min – Agora são exibidos depoimentos com a opinião da população sobre o crime.
22h34min – Vídeo expõe depoimentos de deputados estaduais da época cobrando empenho na mudança das leis penais por conta do crime.
22h41min - “24 de dezembro é dia do aniversário do seu filho que morreu, Nelson. Mais um natal você vai passar sem ele”, diz promotor.
22h42min – Promotor recrimina “tática” da defesa de não ter aceitado a participação de mulheres no júri.
22h48min – Advogado Paulo Quezado toma a palavra da acusação.
22h49min – “Os dois rapazes estavam armados, mas deixaram suas armas no hospital”, diz Paulo Quezado.
22h54min - O advogado auxiliar da acusação lembra que uma das testemunhas de defesa votou pela expulsão de Daniel. “Por motivo banal”.
22h59min - Acusação exibe fotos dos corpos das vítimas. Ela afirma que os tiros foram disparados com intenção de matar.
23h - “Um cidadão como este é resultado das mazelas humanas”, afirma advogado em relação a Daniel.
23h02min - Mostrando fotos de perícia, a promotoria frisa que os tiros foram efetuados a queima-roupa, tendo a intenção de matar.
23h05min - Paulo Quezado chama Daniel Bezerra de “Exterminador do Futuro”, por conta do crime.
23h06min – Acusação conclui explanação. Uma parte do público aplaude. A palavra agora é do advogado Delano Cruz.
23h08min - Julgamento chega a 13h de duração.
23h13min - Delano Cruz condena declarações da acusação de “manobras” por parte da defesa. Ele afirma que o representante do Ministério Público não se ateve aos autos do processo em sua explanação.
23h14min - A defesa ressalta o bom comportamento de Daniel, que teria sido motivo de sua indicação a trabalhar em Mombaça.
23h16min – Delano critica a participação do governador Cid Gomes durante a investigação do caso.
23h17min - O advogado afirma que a própria mãe pediu para que ele abandonasse o caso. Mas ele se manteve firme.
23h21min – “Eu tenho compromisso moral com a minha profissão”, afirma advogado de defesa. “O capitão Daniel não é um vagabundo, é um trabalhador”, diz a defesa.
23h22min – Delano Cruz fala da má remuneração dos policiais do Estado.
23h27min – O advogado afirma que a quantidade de álcool ingerida pelo acusado era insuficiente para alterar seu estado físico.
23h30min – Acusação rebate críticas sobre não ter usado os autos do processo.
23h31min – Dalano Cruz afirma que acusação se baseou na comoção para convencer os jurados.
23h34min - Danilo Cruz ironiza a acusação dizendo: “Eu não vou perder tempo com esse capitão, se a TV Jangadeiro já condenou ele”.
23h39min - Neste momento, o advogado questiona o depoimento de Janiclerton, testemunha de acusação que depôs nesta quarta.
23h45min - “O depoimento de Janiclerton é completamente diferente do que foi exposto pela acusação”, afirma Delano.
23h49min - Algumas pessoas que assistem ao julgamento deixam o tribunal.
23h51min – Delano Cruz continua descrevendo os depoimentos das testemunhas de acusação para apontar contradições.
23h53min – “Jovens são educados sem nenhum limite”, afirma Delano sobre postura da vítima quando urinou em público.
00h10min – “Se o julgamento tivesse acontecido em Iguatu o Fórum seria incendiado”, afirma advogado de defesa.
00h12min – Julgamento completa 14 horas de duração e a defesa continua a fazer suas explanações. O advogado afirma que caso Daniel seja condenado a menos de 30 anos de prisão ele terá cumprido a pena.
00h13min – “Daniel é um cidadão como todos nós que podemos passar por isso”, afirma Delano.
00h14min – O advogado faz denúncias de que teria sofrido ameaças de morte durante as investigações.
00h20min – Julgamento segue e veredicto está previsto para sair nesta madrugada
00h21min – Delano diz que consultou espírita sobre o caso.
00h27min – Acusação diz que o advogado Delano Cruz perdeu tempo sem apresentar os autos. “Se vire nos 7″ (minutos que faltam).
00h32min – Advogado diz que perdeu o raciocínico com interrupção do promotor Francisco Marques. Os dois trocam farpas.
00h52min- A juíza Danielle Pontes já está reunida com os jurados, em uma sala secreta, para decidir o veredicto.
00h40min – Tempo de explanação da defesa se encerra. Delano Cruz pede absolvição ou pena leve para o réu. Acusação abre mão do direito de réplica. Juíza concede pausa para jurados irem ao banheiro.
00h55min- A juíza Danielle Pontes já está reunida com os jurados, em uma sala secreta, para decidir o veredicto.
01h05min- É grande a ansiedade do público no tribunal à espera do veredicto.
01h11min – A juíza retorna ao tribunal.
01h14min- Julgamento completa 15h. Juíza Danielle Pontes se prepara para ler o veredicto.
01h26min – É intensa a movimentação no tribunal. A juíza ainda aguarda a decisão dos jurados.
01h32min- A juíza pede que todos fiquem de pé para anunciar a decisão.
01h44min- Daniel Bezerra é considerado culpado e é condenado a 46 anos de prisão.
01h45min- O réu responderá a 23 anos pela morte de cada irmão assassinado.
01h49min- Defesa pede alegação à pena.
01h50min- Os presentes aplaudiram a decisão do júri.

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