quarta-feira, 30 de outubro de 2013

SERTÃO CENTRAL Hospitais paralisam atividades

Quixadá. Falta de recursos financeiros. Essa é a justificativa dos gestores municipais do Sertão Central sobre a crise na saúde pública da região. Atualmente, os casos mais críticos estão ocorrendo nas cidades de Quixadá, com o pedido de demissão de médicos do Hospital Municipal Eudásio Barroso, e em Senador Pompeu, onde os servidores da Maternidade Hospital Santa Isabel estão de greve. Em ambos os municípios o motivo é o mesmo: atraso no pagamento dos serviços prestados.Em Quixadá médicos do Hospital Municipal Eudásio Barroso pediram demissão. Já em Senador Pompeu a greve ocorreu entre os 60 servidores, incluindo enfermeiros e médicos fotos: Cleumio Pinto e Walter Lima. Em Quixadá, a divulgação do desligamento de três médicos do Hospital Municipal Eudásio Barroso foi feita em emissoras de rádios locais, pelo diretor clínico daquela unidade polo regional, Kleiber Marciano. Ele mesmo também se desligou do hospital, mas não foi localizado para confirmar a informação do seu pedido de demissão e dos médicos Fabio Pacheco e Assis Madeira. No mês passado outros três médicos, Max Luddemann, Lopes de Oliveira e Paula Lira já haviam solicitado desligamento do corpo médico do hospital. Todavia, a diretora administrativa Ana Silvia Oliveira, confirmou os pedidos de demissão e a saída dos médicos mencionados, totalizando seis profissionais especializados. Ela ressaltou, porém, não haver motivos para alardes. "O atual diretor clínico e os outros dois médicos deixarão de prestar serviço no Eudásio Barroso somente no início de novembro. Até lá a equipe médica será recomposta. O novo diretor clínico será apresentado à equipe hospitalar nesta quarta-feira, 30", assegurou. Oliveira também confirmou o atraso de dois meses no pagamento dos plantões de emergência como motivo das demissões. "Mas alguns médicos também ficaram insatisfeitos quando a secretária municipal de Saúde, Aída Magalhães, cobrou mais empenho da equipe no atendimento à população, principalmente no cumprimento da carga horária", ressaltou. A diretora administrativa disse ainda que repasse dos governos do Estado e Federal também não está sendo suficientes para custear todos os serviços. No total, o Eudásio Barroso conta com 15 médicos. São em média 3.800 atendimentos por mês. Ela reconheceu o esforço do médico Kleiber Marciano, inclusive suprindo a carência na emergência do Eudásio Barroso, provocada pela demissão dos três colegas de trabalho. Lamentou, mas disse respeitar o posicionamento dos profissionais. Parado Em Senador Pompeu a situação é quase a mesma. Segundo um dos representantes da liderança da greve desencadeada na semana passada, na Maternidade Hospital de Senador Pompeu, o recepcionista Pedro Chayron Lima, a decisão foi tomada pelos 60 servidores, incluindo enfermeiros e dois dos seis médicos, em razão dos atrasos nos pagamentos dos salários. "A entidade de assistência à saúde, filantrópica, também não pagou ainda o 13º salário de 2012 e o de 2103 está se aproximando", diz. A reportagem do Diário do Nordeste procurou manter contato com a secretária de Saúde do Município, Mabele Oliveira. Até a publicação desta edição o telefone fixo da titular da pasta e nem o celular dela atendiam as ligações, mas segundo o representante dos grevistas, a Maternidade Hospital voltou a funcionar normalmente após uma medida de emergência decretada pelo prefeito Antônio Mendes de Carvalho, conhecido por Vauíres, no último sábado. O município Senador Pompeu contratou novamente os servidores da unidade maternal hospitalar. "Mesmo com a medida, os servidores ainda vão se reunir em assembleia geral para decidirem se a greve continua ou não. Querem garantias de regularização do pagamento de seus vencimentos e do 13º", acrescentou Lima Ela ressaltou que a Maternidade Hospital do município atende de 3.000 a 3.500 pacientes mensalmente. "Sabemos que a população, principalmente os mais carentes são os mais prejudicados", finalizou.

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