sexta-feira, 13 de junho de 2014

Manifestantes e PM entram em confronto em protesto contra Copa

Polícia impediu bloqueio de via que leva até a Arena Corinthians. Um jovem foi detido e uma jornalista da CNN ficou ferida por bomba. A Tropa de Choque da Polícia Militar (PM) entrou em confronto com cerca de 20 manifestantes na manhã desta quinta-feira (12), em São Paulo, durante protesto contra a Copa do Mundo. Outro protesto ocorrido perto da estação Tatuapé do Metrô terminou em confronto, mas sem feridos nem detidos. A confusão começou cerca de 10 minutos após o início do ato nas imediações da Estação Carrão, na Zona Leste. Pelo menos um homem foi detido. A jornalista Barbara Arvanitidis, da rede americana CNN, ficou ferida por estilhaços. Pouco depois da confusão inicial, a polícia voltou a jogar bombas para desbloquear a Rua Apucarana. Houve correria nas ruas laterais. Uma das bombas atingiu o pátio de um prédio residencial. Moradores do condomínio brigaram com os manifestantes. Por volta das 11h20, policiais monitoravam a região e não havia focos de confrontos. Parte dos manifestantes se deslocaram para concentração na Rua Serra do Japi, onde metroviários e estudantes se concentravam para outro protesto. Tatuapé No início da tarde, manifestantes que caminhavam pela Rua Platina, perto da estação Tatuapé do Metrô, entraram em confronto com a PM. Policiais usaram bombas de efeito moral para dispersar o grupo. Parte deles conseguiu seguir para a estação, que foi fechada. Por volta das 15h, a Tropa de Choque entrou na estação e, com auxílio de bombas de efeito moral, dispersaram os manifestantes. Segundo a Polícia Militar, 30 black blocs enfrentaram policiais militares perto da Estação Tatuapé do Metrô. "A situação voltou ao normal sem presos nem feridos", informou a corporação. Cerca de 600 manifestantes que estavam próximos à Radial Leste, se dispersaram. Depois, os PMs fizeram varreduras para liberar a entrada de passageiros. Por volta das 17h30, o movimento lá era normal. Início do tumulto Desde o começo da manhã policiais revistavam passageiros que desembarcavam na estação e também montavam cordão de isolamento para impedir o bloqueio de ruas. O tumulto ocorreu pouco depois das 10h. Manifestantes, que haviam acabado de se reunir no local, e se recusavam a atender o pedido da PM para se afastar da Radial Leste, via que será a principal ligação das delegações com a Arena Corinthians. A PM jogou bombas de gás e de efeito moral para tentar dispersar o grupo. Um manifestante foi detido pela PM. O detido resistiu às ordens da Polícia Militar para desbloquear a rua e foi levado para base da PM no Centro Educacional Paulistano de Motociclistas (Cepam). Segundo a Defensoria Pública, o homem detido durante o protesto desta quinta foi atingido por duas balas de borracha. Ele vai afirmar que sofreu agressão dos policiais no 52º DP, no Tatuapé, onde o caso será registrado. Um manifestante, que foi revistado e liberado pela polícia, afirmou ao G1 que é contra a Copa porque o futebol é um esporte do povo e que está sendo elitizado. Ele comentou que o "ato foi muito mal organizado". O estudante Luiz Gustavo, que participou do protesto, conta que caiu durante o tumulto com o avanço da tropa de choque. Segundo ele, o protesto foi interrompido a força pela polícia ainda antes de qualquer iniciativa de avanço do grupo para a Radial Leste. "A gente nem tentou [avançar para a avenida]. No que fomos nós reunir para conversar com eles, tacaram a primeira bomba e já foram para cima", disse. O ato contra a Copa foi convocado através de página no Facebook. O evento teve mais de 214 mil convidados e, até a manhã desta quinta, havia 10,2 mil confirmados. Pouco antes do tumulto, havia cerca de 20 manifestantes nas imediações da Estação Carrão. Jornalista ferida A jornalista e produtora Barbara Arvanitidis, da rede americana CNN, foi retirada em maca do local dos protestos. A Polícia Militar não informou o estado de saúde nem para onde ela foi socorrida.

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