segunda-feira, 25 de julho de 2016

Polícia prende pistoleiro e investiga se rixa entre quadrilhas pode ter gerado a matança em Quixadá

Novas revelações aparecem nas investigações sobre a violência que desafia as autoridades da Segurança Pública na cidade de Quixadá, no sertão central cearense. Uma quadrilha familiar que ficou conhecida no noticiário policial como “Os Pipocas”, hoje estaria por trás das mais recentes mortes naquela cidade. Pelo menos, esta é uma das linhas da investigação da Polícia Civil. O triplo assassinato que vitimou o empresário e agiota Veridiano Rabelo Camurça, 68 anos; seu filho Sadock Camurça Cabral, 39; e o advogado da família, Josenias Saraiva Gomes, 40, ocorrida na tarde do último dia 19, seria mais uma “obra” do clã do crime. Os “Pipocas” hoje mandam em Quixadá e noutras cidades do Sertão Central, onde influenciam e financiam campanhas políticas, têm laços fortes e parcerias com deputados estaduais e federais e possuem um senhor lastro financeiro. Da acusação de ladrões de cargas e de bancos, hoje até nomeiam gestores públicos. Em Quixadá, todo mundo sabe disso, mas nada fala. A delegada de Quixadá, Cláudia Nery, afirmou que os três homens mortos na tarde do último dia 19 haviam comparecido àquela unidade da Polícia Civil sem que tivessem sido chamados para qualquer procedimento. Veridiano e o filho teriam ficado incomodados com uma notícia que foi publicada em um blog daquela região levantando a suspeita de que a família teria sido a responsável pela morte de três policiais militares. Os PMs em questão eram o sargento Francisco Guanabara Filho, o cabo Antônio Joel de Oliveira Pinto e o soldado Antônio Alves Filho. Os três acabaram mortos, a tiros de fuzil, ao tentar abordar um carro suspeito no Distrito de Juatama na tarde do dia 30 de junho. O bando estaria pronto para atacar um carro-forte na região. Além deles, outro PM ficou ferido com um tiro de fuzil na perna, e outros dois chegaram a ser levados como reféns em sua própria viatura, sendo depois libertados no vizinho Município de Ibaretama. Ao comparecer na Delegacia de Polícia Civil de Quixadá, Veridiano e seu filho – acompanhados do advogado da família – tentaram desmentir a versão de que estariam envolvidos no plano do assalto e, consequentemente, na morte dos PMs. Antes, porém, um deles teria tido uma ríspida discussão com um membros dos “Pipocas” acerca do assunto. O motivo teria sido o plano fracassado do crime que acabou atraindo um grande reforço policial para a região. A presença de tanta Polícia “de fora” em Quixadá teria desagrado os “Pipocas”, que foram, então, tomar satisfações com Veridiano e seus filhos. Mas, ainda que o empresário e seu filho tenham ido à Polícia desmentir a informação ou a suspeita levantada em Quixadá, não escaparam da eliminação sumária e acabaram sendo executados praticamente na porta do Quartel da PM (9º BPM). Há quem diga que o verdadeiro “alvo” dos matadores seria outro filho de Veridiano, um homem conhecido por Júnior, e não seu irmão Sadock. No rastro dessas informações, a Polícia Militar prendeu neste fim de semana um homem apontado como pistoleiro da região e que trabalhava no posto de combustíveis pertencente à família de Veridiano Camurça.

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