CPI da Pedofilia gera discussões na Aleac

Titulares da comissão rebatem críticas do relator que ameaça deixar o cargo.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia foi o principal assunto durante a sessão desta quarta-feira (1º) na Assembléia Legislativa do Acre (Aleac). Titulares da comissão rebateram as críticas e ameaças do relator, deputado Donald Fernandes (PSDB), de deixar o cargo, e do suplente, Mazinho Serafim (PSDB), de não assumir a vaga.

As discussões começaram com a deputada Antônia Sales (PMDB), que é membro titular da comissão. Ela pediu ao relator que “não abandone a luta” e disse que seu compromisso é que a CPI não resulte “em Pizza”.

“Como mãe eu tenho o compromisso de que esta CPI vá até o fim. Vamos lutar contra essa doença que atinge todo o Estado. Esses monstros estão marcando a vida de nossas crianças para sempre, criando feridas que nenhum psicólogo jamais irá curar”.

Antonia Sales questionou a ausência do presidente da CPI, deputado Luiz Tchê (PMN), que está fora do Estado. Ela disse que o presidente, assim como todos os deputados, tem a obrigação de fazer a CPI funcionar.

Tarefas cumpridas

Já o deputado Ney Amorim (PT), vice-presidente da comissão, disse que as tarefas estabelecidas pela CPI estão sendo cumpridas. Ele afirmou que nenhum parlamentar que integra a comissão acredita que ela irá “se transformar em pizza”.

“Estamos comprometidos em fazer um bom trabalho. A sociedade cobra e eu não colocaria meu nome, minha história política e de minha família, se não tivesse responsabilidade. E essa responsabilidade é da Assembléia, de todos que aprovaram a CPI”.

Respeito às famílias

O deputado Moisés Diniz (PCdoB), também membro titular da comissão, afirmou que será favorável a qualquer requerimento para convocação à CPI. “Mas vamos respeitar as nossas famílias”, frisou. Ele lembrou que a CPI ainda possui cerca de 80 dias para ser concluída e que poderá funcionar inclusive no recesso.

Para Diniz, é muito grave a afirmação de Mazinho Serafim, de que a comissão é uma CPI de Negócio para deputado se valorizar. “Essa acusação é pior do que de corrupção, porque usa a pedofilia para negociar cargos. Quem fez essa acusação vai ter que assumir o que disse e provar”.