sexta-feira, 3 de julho de 2009

PF oferece 600 vagas; confira dicas de quem foi aprovado

03 de julho de 2009
São 600 vagas na região da Amazônia. Salário é de R$ 7,5 mil. Candidatos têm até quatro meses para se preparar.

Candidatos que conseguiram entrar na Polícia Federal garantem que com dedicação, organização e tranquilidade é possível vencer a concorrência, que não é pequena – o concurso para a PF costuma ser um dos mais disputados do país devido aos altos salários.

Confira lista de concursos e oportunidades

O edital para agente e escrivão na PF deve sair em agosto, segundo a assessoria de imprensa do órgão. Todas as 600 vagas são para a região da Amazônia Legal, que compreende nove estados.

Como geralmente a prova costuma ser aplicada cerca de dois meses depois da divulgação do edital, o exame deve ser provavelmente realizado entre outubro e novembro.

Portanto, os candidatos têm até quatro meses para se preparar. O salário é de R$ 7.514,33, e os cargos exigem nível superior em qualquer área.

Grupo de estudos

João Luiz Lasmar Amaral, de 46 anos, é escrivão da Polícia Federal desde janeiro de 2006, no Rio de Janeiro. Ele conta que montou um grupo de estudos com 11 pessoas porque não gostava de estudar sozinho. Dos 12 integrantes, 10 passaram no último concurso da Polícia Federal, de 2004.

Amaral diz ter estudado durante oito meses. Ele conta que o grupo alternava teoria e exercícios e também fazia provas anteriores, mas não só de concursos da PF.

Depois, os integrantes do grupo comparavam as respostas entre si e em seguida com as do gabarito. As questões que não acertavam eram discutidas.

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Amaral diz que, durante a semana, estudava disciplinas básicas sempre exigidas nos concursos da PF: direito penal, administrativo e constitucional, processo penal, português, raciocínio lógico, informática e atualidades.

As disciplinas específicas (economia, contabilidade e administração pública), ele afirma que estudava apenas fazendo simulados de um cursinho preparatório, aos domingos.

O escrivão da PF, formado em educação física, conta que estudava das 8h às 22h – um período era para aula no cursinho e o outro para estudar com o grupo.

Amaral diz que montava um cronograma de estudo semanal – o grupo estudava duas matérias por dia, mas nunca as mesmas das aulas do cursinho.

O escrivão se preparou também para a prova física durante o período de estudos. Ele diz que fazia atividades físicas meia hora por dia.

“Não pode deixar para se preparar depois da prova escrita. O treino também melhora a concentração e a disposição para o estudo”, recomenda.

Tranquilidade

Luiz Roberto Madeira, 46 anos, passou no concurso da PF em 2004 e foi convocado para o curso de formação em 2007. Ele morava no Rio de Janeiro. Após o curso de formação, escolheu mudar para Foz do Iguaçu (PR).

Formado em ciências contábeis, ele conta que estudou três anos, oito horas por dia, além do curso preparatório, para entrar no setor público.

Madeira conta que, no período, não concentrou os estudos em uma única área – ele tentava vários concursos. O objetivo era o concurso da Receita Federal, para o qual acabou não passando.

"Acho que um fator que me prejudicou bastante foi a cobrança que tinha comigo mesmo. Nos outros concursos, eu ficava arrasado e nesse [da Polícia Federal] fiz tranquilo, sem compromissos, e passei", conta.

Antecedência

Para Luis Gustavo Bezerra de Menezes, professor de direito administrativo da Academia do Concurso e presidente da Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos, é preciso estudar com antecedência porque “milhares estão se preparando desde a última prova, em 2004”.

Para o professor, é essencial estudar antes do edital as disciplinas básicas. Já as específicas de contabilidade, economia e administração pública, que caíram no concurso anterior, não é certo que serão cobradas novamente.

A Polícia Federal já informou que os assuntos das provas do novo concurso não serão necessariamente os mesmos do exame anterior e que as provas para agente e escrivão serão distintas, ao contrário de 2004, quando foram as mesmas para ambos os cargos.

Apesar disso, Menezes considera que as provas de concursos anteriores são a principal fonte de estudo. O Cespe/UNB, que organizou o último concurso, por exemplo, explora posicionamentos jurídicos recentes do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça.

O professor alerta que não adianta estudar 12 horas por dia se não houver organização no método de estudo.

Prova física

De acordo com Menezes, a preparação física para a área policial é de extrema importância porque reprova.

“Começar a preparação física após o término da prova escrita não é uma boa ideia, até porque exercícios físicos ajudam no desempenho dos estudos. Se a preparação, incluindo a física, não for gradativa, o candidato pode não ser bem-sucedido”, alerta.

Veja as provas anteriores e os gabaritos do concurso realizado pelo Cespe/UnB em 2004:


Agente Escrivão
Caderno de prova azul Caderno de prova azul
Caderno de prova branco Caderno de prova branco
Caderno de prova vermelho Caderno de vermelho
Gabaritos (todas as provas)

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