quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Iguatu comemora centenário da Estrada de Ferro


Neste ano acontece o centenário da chegada da estrada de ferro no município de Iguatu. Para comemorar a vinda de um dos principais meios de transporte do século XX e um dos principais instrumentos da vinda do progresso e do desenvolvimento para Iguatu, a Secretaria de Cultura e Turismo está preparando uma vasta programação para comemorar esse feito.

Nesta sexta-feira (05), nas instalações do Cine Teatro Pedro Lima Verde, a partir das 14 horas, haverá o lançamento da exposição fotográfica 100 TRILHOS que é um conjunto de fotografias da atualidade das margens da estrada de ferro em todo o seu percurso em Iguatu, objetivando apresentar à cidade a paisagem esquecida por muitos. Logo em seguida será exibido um filme em curta metragem que leva o mesmo nome da exposição, como forma de registrar a memória de ex-maquinistas e preservar a história da estação.

Logo após as exibições, um grupo de estudantes e pesquisadores farão um longo debate, levantando pontos fundamentais para a salvaguarda da memória local.

SOBRE A ESTRADA DE FERRO
De acordo com os relatos históricos, a estrada de ferro ligando Iguatu a Fortaleza foi inaugurada no dia 05 de novembro de 1910, na gestão do então intendente municipal da época, Belizário Cícero Alexandrino, que realizou os festejos em frente a sua residência oficial, e contou com a participação do diretor da Estrada de Ferro, Zózimo Barroso e de centenas de moradores. "Houve muitos discursos, queima de fogos, balões foram soltos em comemoração ao acontecimento", disse o pesquisador e memorialista Wilson Lima Verde.

Desse dia em diante o progresso neste município se tornou eminente, e três anos após seria inaugurada a primeira fábrica local de beneficiamento de arroz e depois de algodão, numa iniciativa do coronel José Mendonça.

Em 1920, o empresário Trajano de Medeiros implantou a indústria Cidao, de beneficiamento de algodão e óleo. Na mesma década, seguiram-se outros empreendimentos: quatro fábricas de beneficiamento de algodão. A indústria São José, de Lafaiete Teixeira; Santa Margarida, de Virgílio Correia; uma de Otaviano Benevides e outra da viúva Romeiro. "O surgimento dessas empresas mostram a importância da ferrovia que impulsionou o desenvolvimento local", frisou Lima Verde.

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