sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Ceará já é o quarto estado do Brasil em número de transplantes

Sentir de novo o prazer de viver depois de muito sofrimento: essa é uma alegria que tem acontecido para um número cada vez maior de brasileiros. Hoje, a média de transplantes de órgãos no país é de 18 cirurgias por dia. Muitas delas acontecem longe dos grandes hospitais do Sudeste e das cidades mais ricas do país.
O Hospital Walter Cantídio, da Universidade Federal do Ceará (UFC), é simples e antigo. Tem apenas seis leitos para transplantes, mas o empenho da equipe faz as coisas acontecerem. Lá, o movimento pela vida não para.
“Aconteceram dois transplantes agora durante a noite. O terceiro vai acontecer nesses próximos minutos”, conta o chefe do Centro de Transplante Hepático José Huygens Garcia.
Doutor Huygens fez um dos transplantes da madrugada e, de manhã, seguiu para supervisionar mais um. O Globo Repórter passou por estudantes de medicina que podem ser o futuro do programa de transplantes do Ceará, que já é o quarto estado do Brasil em número de cirurgias. Encontramos o paciente que, em alguns instantes, vai receber um fígado novo.
Ele diz que a sua esperança é o transplante funcionar e se curar. Ele sofre com a doença há quatro anos.
“Foram 94 transplantes somente em 2011, que é um número muito grande”, contabiliza o doutor Huygens.
”Dá segurança”, diz o paciente.
Para muitos outros, o fim da doença também chega graças aos profissionais de saúde e ao povo cearense. Um transplante que acompanhamos em São Paulo foi possível porque um fígado doado no Ceará não teve receptor compatível no estado.
”Nós nunca desperdiçamos nenhum órgão, porque a fila é muito grande no Brasil. A Secretaria de Saúde, a Central de Transplante disponibiliza o órgão para o Sistema Nacional de Transplantes. São Paulo aceitou receber aquele órgão e uma equipe do Ceará fez a captação do fígado e enviou para São Paulo”, explica o médico.
Assim, mais um paciente foi operado em São Paulo. E, em Fortaleza, testemunhamos outro final feliz. No dia seguinte ao transplante, seu Luís mostrou a alegria de quem ganhou a chance de recomeçar.

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