sexta-feira, 18 de novembro de 2011

MP denuncia vereadora que obrigava servidores comissionados a divulgar seu nome

Reuniões organizadas por servidores públicos comissionados de uma escola de Águas Lindas de Goiás (193 km de Goiânia), para apresentar a vereadora Maria Gilvanete Santana de Souza (PT) a familiares e vizinhos, chegaram à Justiça Eleitoral.

O Ministério Público (MP) entrou com representação judicial contra a parlamentar, que é acusada de praticar propaganda eleitoral extemporânea (fora de período eleitoral).

Se condenada, ela pode ser multada em R$ 25 mil. Segundo o promotor Walter Linzmayer Otsuka, os funcionários da escola municipal Kennedy, localizada no setor I, declararam que eram obrigados pela vereadora, que se intitulava madrinha da escola, a promover os encontros.

Na denúncia, o promotor alega que esses eventos transformaram-se em garantias de manutenção dos empregos para os servidores. Nos documentos organizados pelo MP há as datas e locais das reuniões.

Otsuka avalia que a atitude demonstra a intenção da vereadora em se reeleger para o cargo no próximo ano e caracteriza propaganda eleitoral fora de época.

Já a vereadora Maria Gilvanete Santana de Souza afirma que não as reuniões nunca foram realizadas. Segundo ela, a denúncia no MP é uma represália da ex-diretora da Escola Municipal Kennedy e de pessoas ligadas a ela.

Gilvanete conta que, no início do ano, fez denúncia contra a administração da época da unidade escolar, que estaria aplicando verbas federais em empresas de familiares dos gestores.

Após denunciar o caso, ela diz que precisou solicitar escolta policial e chegou a registrar um boletim de ocorrência na Polícia Civil por receber ameaças de morte. Em relação às denúncias do MP, a vereadora afirma que vai esperar a notificação judicial e recorrer.

Fonte: UOL

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