Jesus Garcia (PSD), prefeito de Santana do Cariri, no Sul do Ceará, renunciou nesta quinta-feira (1º), para que, segundo ele, o vice-prefeito e também seu filho, Geraldo Eriberto Garcia (PSD) assumisse. Isso, porque o parentesco de primeiro grau não permitiria que o filho fosse candidato ao cargo então ocupado pelo pai, segundo a legislação eleitoral. "A renúncia dele se deve porque eu sou candidato a prefeito nas eleições deste ano. Mas eu só posso ser candidato com a renúncia do meu pai", disse Geraldo.
O juiz eleitoral que responde pela Comarca de Santana do Cariri, Rômulo Veras Holanda, disse não ter sido informado da decisão oficialmente, mas apenas "informalmente". "Mas o prefeito informou que amanhã (2) vai dar entrada no comunicado oficial à Justiça eleitoral", disse. Mesmo assim, Geraldo disse que já tomou posse e já responde como prefeito de Santana do Cariri.
Como prefeito, Geraldo disse que vai continuar os projetos e obras em andamento do governo do pai. Para ele, a população não vai se importar com a mudança, feita para que ele possa se candidatar. "Eu acredito que a população não fique chateada porque nós já temos experiência política. Quando eu fui candidato a vice-prefeito com meu pai, o povo já sabia que eu seria o próximo candidato a prefeito", alega Gerlaod Garcia. Jesus, de acordo com o filho, tinha prazo para renunciar apenas em março, mas resolveu deixar logo o cargo".
Câmara Municipal
No fim do ano passado, na última sessão antes do recesso, vereadores de Santana do Cariri se reuniram para cassar o prefeito e o vice, e, com isso, a presidente da Casa, Ana de Abreu Machado pudesse assumir a prefeitura. Segundo o próprio Geraldo Garcia, os vereadores alegaram que havia "dubiedade" na administração do município, ou seja, prefeito e vice, estavam usando o cargo como se fossem uma só pessoa. "Que o vice-prefeito estava assinando cheques, nomeando pessoas. Mas eu só fazia na ausência do prefeito", explicou.
O juiz da Comarca de Santana do Cariri, Matheus Pereira Júnior, decidiu anular a sessão realizada na Câmara Municipal, por entender o ato como ilegal. A presidência da Câmara recorreu ao Tribunal de Justiça do Ceará, que manteve a decisão da 1ª instância, segundo Geraldo.
Fonte: G1-CE
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